Quinta-feira, 02/07/2009
Chegada tumultuada ao Rio de Janeiro. Aterrisso antes de
Dani e Antônio. Fico acompanhando o vôo deles pelo painel. De repente, uma
mensagem ao lado do número do vôo: procurar o balcão da companhia aérea. Fico
gelada, meu coração dispara. O acidente com o 447 da Air France me vem
imediatamente à cabeça. Subo correndo as escadas rolantes, chego ao balcão da
companhia em tempo de ouvir um funcionário tranquilizando outras pessoas. O
episódio não passara de um “problema técnico”. O avião já estava pousando.
Obviamente, a culpa não era de ninguém: “Um erro do sistema”. Penso com meus
botões: depois que inventaram essa entidade abstrata e onipresente chamada
“sistema”, ficou bem mais fácil fazer bobagens sem ter de assumir
responsabilidades. Bem que eu poderia armar uma confusão. Irrita-me esse tipo
de desfaçatez. O velho e nobre pedido de desculpas está definitivamente caindo
em desuso. Respiro fundo e decido que não vale a pena gastar minha energia com
o episódio. No fundo, estou aliviada. Dou meia volta, desço as escadas e alguns
minutos depois dou um abraço apertado em minha amiga, que mal pode suspeitar o
motivo da minha alegria exacerbada. Uma van nos espera. O motorista, careca
lustrosa e esbanjando simpatia, nos leva a um hotel na Avenida Atlântica. Temos
de dormir cedo e acordar bem dispostos para umas boas horas de estrada amanhã.
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