Manaus, 07 de fevereiro
No intervalo de duas entrevistas, eu e Vivi demos um pulo no
cemitério. Fomos ver o túmulo do rabino. Fiquei impressionadíssima. O túmulo é
muito simples. Tem uma parede na cabeceira, com uma lápide de mármore branco em
cima. Inscrições em ídiche e a Estrela de Davi. Rabino Imanuel Muyal. Ele ficou
conhecido como “Rabi Salon”. Pois no alto da lápide está a inscrição: Rabi
Shalom Imanuel Muyal. O túmulo está todo protegido por grades, em azul claro.
Por dentro da grade, na muretinha que cerca o túmulo, placas de agradecimento
pelas graças alcançadas. Sobre o túmulo, inúmeras pedras e flores. Eu e Vivi
colocamos pedrinhas, inclusive uma para Guida. Estou absolutamente fascinada
com essa história. Quando estávamos procurando pelos túmulos das “polacas”,
Guida ligou e tivemos de ir embora. Espero que haja tempo para voltarmos ao
cemitério. Gostaria muito de ver esses túmulos e visitar a parte israelita do
cemitério. Segundo o senhor que conhecemos no Palácio de Justiça, o primeiro
corpo enterrado ali foi o do homem que conseguiu a cessão do terreno para instalação
do cemitério israelita.
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