sexta-feira, 22 de abril de 2016

Despedida do Facebook


22/4/16

TRISTEZA. Funda. Densa. A alma dói e chora. 

PADECIMENTO. Quem ama, sofre? O que foi que deixamos que fizessem com o nosso país? O que foi que deixamos que fizessem com nossos Seres? 
PERPLEXIDADE. Aonde o bom senso, a tolerância, o respeito?
CANSAÇO. E faz sentido despender tanta energia e tanto tempo num diálogo de surdos?
INTELIGÊNCIA. Obrigada Seu Ernani (!!!), amado pai, que desde pequenininha me ensina a fugir dos dogmatismos como o diabo da cruz.
DÚVIDA. Pra que falar, quando a reação roubou o lugar da reflexão? Se não existe debate, apenas reafirmação de posições há muito estabelecidas, pra que falar?
SURPRESA. Descobrir que suas palavras, por mais cuidadosas e bem intencionadas, machucam e ferem quem você ama.
HUMILDADE. O que me dá o direito de despejar minha Verdade sobre os outros?
VERDADE. Que cada um seja fiel a seus próprios princípios e valores.
AMOR. Só ele pode nos salvar da loucura coletiva.

Tiro férias dessa brincadeira do cordão azul e encarnado. Difícil atinar com um papel que me caiba nesse Pastoril nacional.
Ciente de que minha ausência não tornará esse embate nem mais rico, nem mais pobre.
Recolho-me. 
Não por receio de perder um ou outro amigo, porque a gente não perde o que nunca teve. Amizade que se ressente de tempos assim é porque jamais existiu?
Menos ainda por receio de perder a “admiração” de quem quer que seja. Faz tempo que aprendi a buscar o espelho da minha própria consciência. 
Recolho-me para o exercício da Humildade. Para me fortalecer no Amor, única energia efetivamente libertadora. 
Que os Céus nos iluminem.
Que um dia essa Nação consiga se reencontrar com o Amor.

Inté.

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