Dando continuidade a uma reflexão que venho fazendo neste blog, achei que deveria ser mais específica sobre minha própria lista de atributos essenciais e secundários num possível parceiro amoroso. Características das quais não posso abrir mão: integridade, generosidade, inteligência e segurança. As três primeiras são óbvias, ainda que de importância relativa na hierarquia de valores de cada mulher, já segurança é um conceito pouco claro. Trata-se de atributo particularmente importante para mim. A questão é que sendo eu mesma uma mulher independente e determinada, me dei conta – após cair com os burros n’água algumas vezes -- de que preciso ter ao meu lado um homem muito seguro de si, e ao menos tão opinioso e determinado quanto eu própria, sob o risco – gravíssimo – de eu me tornar muito rapidamente o(a???) cabeça da relação. Situação frustrante na longue durée e sem nenhum sex appeal. As feministas que me perdoem, mas sedutora mesmo é a figura do homem-macho, aquele que sabe o que quer e não se deixa comandar facilmente pelas vontades femininas. Acrescente-se serem esses, com frequência, os donos das melhores “pegadas”.
Homens inseguros podem despertar em nós uma certa vocação maternal, além de nos darem uma reconfortante sensação de domínio. Ocorre que com o tempo, há grande chance de nos sentirmos desestimuladas, carentes do sentimento de admiração. É muito difícil admirar homens inseguros (não me refiro a inseguranças momentâneas, naturais e até desejáveis, mas a uma atitude basal diante do mundo e das pessoas). E a ausência de admiração tem boa chance de se tornar um veneno, desses que agem lenta e constantemente, corroendo por dentro o amor mais imenso. Portanto, cavalheiros, se tiverem de escolher entre serem os machos seguros de outrora ou os homens pós-modernos, incompletos e eternamente deficientes aos olhos hiperexigentes das mulheres contemporâneas, fiquem com a primeira opção. Asseguro-lhes que é uma aposta mais certeira.
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