Há certos lugares obrigatórios em uma cidade. No caso de
Nova Iorque, o Central Park
certamente é um deles. Visto que fiz a opção por caminhar pela cidade o máximo
possível, acabei passando pelo Central
Park todos os dias da minha estada. Em uma das ocasiões, cruzei o parque no
sentido Leste-Oeste (onde ele é mais estreito). É um belo parque, com muitos
cenários diversos, trilhas, fontes, cascatas, riachos, lagos, pontes. Porém,
essa não é uma época do ano muito favorável para se apreciar a beleza do Central Park, creio, pois as árvores
ainda estavam peladas do inverno. Em vários trechos, a única coisa que
vislumbrava à minha frente eram os galhos secos e pelados. Ainda assim, era
bonito contemplar os edifícios por entre aquele emaranhado de galhos. Efeito interessante.
E tal como a própria cidade, o Central Park é pulsante. Muitas pessoas caminhando, andando de
bicicleta, correndo, outras passeando com cachorros, algumas brincando com
crianças, outras pachorrentamente sentadas nos gramados, tomando sol ou conversando.
Essa vivência dos espaços urbanos é das coisas que mais aprecio no chamado
Primeiro Mundo e que quase não temos no Recife (pense-se em como é preciso montar um esquema para que os cidadãos
possam ter um pouco disso aos domingos).
Passear de carruagem é coisa bem turística, que eu não fiz,
mas ficam na entrada sul do parque, esperando os turistas que vêm de Times Square, ou da 5ª Av. Pra mim, a
curtição foi caminhar pelo parque, explorar diferentes trilhas e entradas; observar
como a arquitetura dos prédios que ladeiam o parque no lado Leste (mais
elegantes e mais claros) é diferente daquela do lado Oeste; observar os
nova-iorquinos em sua relação cotidiana com o Central Park; comer um hot dog sentada num banquinho; e tomar
um sorvete comprado num daqueles carrinhos que a gente vê nos filmes, e que
tocam uma musiquinha para atrair a atenção das crianças. Ambos, hot dog e sorvete podem ser encontrados
com facilidade nas imediações e dentro do parque.
Para quem se interessa por música, o Carnegie Hall é pertinho do Central Park, e no caminho entre um e
outro, vale a pena comprar amêndoas açucaradas, que se vendem em carrocinhas
postadas em quase todas as esquinas.
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